Ah, o Universo… Mas quantas moradas têm a Casa do pai?
Muitos de nós, em algum momento de nossa vida, com certeza, já olhamos para o céu, ficamos admirados e por vezes nos questionamos sobre os mistérios que podem existir por detrás daquelas estrelas. Será que há vida em outros planetas? Será que as pessoas que já desencarnaram estão nos vendo lá de cima, de algum lugar? Qual será o tamanho de todo esse Universo? E assim as questões vão surgindo como a tentar solucionar o mistério do que há por detrás de um céu estrelado.
O filósofo Léon Denis vem nos trazer na obra O Grande Enigma um pouco da poesia e do amor de Deus presente na Natureza, e, quando fala do céu estrelado, demonstra que as profundezas sem limites das imensidões siderais fazem parte da majestade Divina, em que diversos seres vivem, amam, choram; e pelos caminhos que todos nós ainda iremos percorrer, mas que nos parecem ainda tão distantes.
Mas como assim? Iremos percorrer os caminhos nos espaços siderais que parecem ser infinitos? E aqueles que ainda insistem no mal proceder? E os que nos precederam? Para onde foram?
Bom, no capítulo 3 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, há uma passagem do Evangelista João, na qual Jesus nos consola dizendo que “há muitas moradas na casa do Pai”. E é nesse capítulo que Kardec elucida sobre o que são essas moradas do Pai, nos mostrando o Universo como a casa de Deus e os vários mundos que existem em espaços para os diversos tipos de espíritos habitarem, de acordo com o seu grau de adiantamento.
Se pensarmos que somos espíritos imortais e que temos diversas existências, não há consolo maior em saber que na medida em que formos evoluindo moralmente, habitaremos locais diferentes, encontraremos espíritos na mesma faixa de pensamento em que estaremos e, claro, até poderemos encontrar companheiros de outras vidas!?
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Pois bem, amigos leitores, como diz Léon Denis, “As estrelas nos parecem sorrir. Seus mistérios nos atraem”. E hoje, com o Espiritismo, nossa concepção sobre o que acontece conosco após a morte, já não é mais o de fim, término ou de irmos para algum lugar perdido no espaço. É um entendimento além da matéria. Pois que somos espíritos imortais!
Construamos em nossos corações a certeza do progresso que alcançaremos gradativamente e a relação disso para com os mundos que habitaremos. E tudo isso se realizará de acordo com o que plasmarmos desde já para nós mesmos. Nossas ações de hoje refletirão muito amanhã. Se o nosso foco for o avanço moral e equilíbrio da razão e sentimentos subiremos pouco a pouco os degraus da evolução. Haverá um dia em que as distâncias físicas se reduzirão de tal forma que não pensaremos nas estradas escuras pelas quais já caminhamos, e sim olharemos para frente com alegria, seguindo o caminho onde os espíritos superiores também já passaram. Seguiremos, enfim, o rastro de luz que eles nos deixam; o legado que temos hoje é a Doutrina Espírita. E é através dela, conscientemente nos reformando que chegaremos aos mundos felizes. Sendo assim, a pluralidade das existências é a forma que Deus encontrou para nos auxiliar na caminhada. Entendamos o que Denis nos traz nesse capítulo de O Grande Enigma:“através dos séculos e dos lugares celestes, subiremos juntos para ele, o grande foco de amor que atrai todas as criaturas”.
Não temamos o amanhã, não temamos a morte, não temamos o céu estrelado, pois que ele cintila confiança e as muitas alegrias que estão por vir.
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