Apesar de parecer mais um “vale a pena ver de novo”, esse é um livro muito importante dentre muitos outros que podemos colocar entre os clássicos da Doutrina Espírita. Vamos trazer a palavra do próprio Emmanuel no antelóquio [prefácio] do livro, quando explica o objetivo da obra:

“Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres.”

O toque divino que a Doutrina Espírita deu.

E é exatamente a Doutrina Espírita que pode dar à história humana o toque divino, no que diz respeito a todos os fatos que concorreram e concorrem para a nossa caminhada rumo à educação da Alma Humana.

Emmanuel traz a visão espiritual de fatos que vão desde a criação do planeta e a sua estabilização para tornar-se habitável, passando pelas etapas de acomodação física, ainda em curso; vislumbra o aparecimento dos primeiros sinais de vida, até chegar à história das grandes civilizações. Ele nos mostra a participação importante dos espíritos exilados de um dos planetas que compõem o sistema de Capela, tanto na formação física quanto na formação intelectual e religiosa do Homem terreno.

Veja também:

• Deus existe? 10 provas de sua existência mostrada pela ciência.
• Reencarnação, o que é? Para que serve?
• Alma existe? Reencarnação existe? Evidência científicas da sobrevivência da alma.

A obra contém informações valorosas para entendermos os elos perdidos na história da evolução da espécie humana. Fala também das fases mais importantes que o nosso planeta passou e que ficaram marcadas, inclusive chegando a identificar períodos específicos da nossa civilização. Ao ler essa obra é importante lembrar que ela foi escrita em 1938, por isso encontramos algumas referências a um conflito armado que ora se vislumbrava, era a Segunda Guerra mundial que se desenhava.

Um Jesus diferente.

Mas há informações nos dois primeiros capítulos de A Caminho da Luz, que já valeriam pelo livro todo. Referimo-nos ao fato de Emmanuel apresentar-­nos um Jesus que só a Doutrina Espírita poderia mostrar. Ele nos traz um Jesus diferente daquele que conhecemos nos evangelhos, que marcaram a sua vinda ao planeta na grande missão de trazer os conceitos cristãos à Humanidade.

Não resta a menor dúvida que a figura do Cristo que O Evangelho nos mostra é o nosso referencial, é o modelo a ser seguido, tanto que foi a resposta dada pelos espíritos a Kardec, por ocasião da pergunta 625 de O Livro dos Espíritos.

Mas o Jesus que Emmanuel nos mostra nesse livro, transcende ao Jesus feito homem das narrativas evangélicas, pois nos mostra o lado Deus de Jesus, um Cocriador em plano maior (expressão utilizada por André Luiz em Evolução em Dois Mundos, aquele que juntamente com uma equipe de espíritos puros como ele, foi o responsável por transformar uma imensa massa em ignição em um cenário para educar Almas.

Deus confiou a Jesus o destino do planeta Terra

E mais, Deus confiou a Jesus e a essa equipe à responsabilidade de conduzir o destino do planeta Terra e de todas as almas que aqui passassem.

Trechos em que Emmanuel ­nos mostra esse Jesus transcendente:
“Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas (…)”

“(…) A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra “natureza”, em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem-fim (…)”

Por isso mais do que uma boa leitura, um bom estudo para todos. Esse livro merece.

Tópicos abordados no livro  A Caminho da Luz

Capítulo I – A GÊNESE PLANETÁRIA

A Comunidade dos Espíritos Puros. – A Ciência de todos os tempos. – Os primeiros tempos do orbe terrestre. – A criação da Lua. – A solidificação da Matéria. – O Divino Escultor. – O verbo na criação terrestre.

Capítulo II – A VIDA ORGANIZADA

As construções celulares. – Os primeiros habitantes da Terra. – A elaboração paciente das formas. – As formas intermediárias da Natureza. – Os ensaios assombrosos. – Os antepassados do homem. – A grande transição.

Capítulo III – AS RAÇAS ADÂMICAS

O Sistema de Capela. – Um mundo em transições. – Espíritos exilados na Terra. – Fixação dos caracteres raciais. – Origem das raças brancas. –Quatro grandes povos. – As promessas do Cristo.

Capítulo IV – A CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA

Os egípcios. – A ciência secreta – O Politeísmo simbólico. – O culto da morte e a metempsicose. – Os egípcios e as ciências psíquicas. – As Pirâmides – Redenção.

Capítulo V – A ÍNDIA

A organização hindu. – Os arianos puros. – O expansionismo dos Árias. – Os Mahatmas. – As castas. – Os rajás e os párias. – Em face de Jesus.

Capítulo VI – A FAMÍLIA INDO-EUROPÉIA

As migrações sucessivas. – A ausência de notícias históricas. – A grande virtude dos Árias europeus. – O Mediterrâneo e o Mar do Norte. – Os nórdicos e os mediterrânicos. – Origem do racionalismo. – As advertências do Cristo.

Capítulo VII – O POVO DE ISRAEL

Israel. – Moisés. – O Judaísmo e o Cristianismo. – O
Monoteísmo. – A escolha de Israel. – A incompreensão do
Judaísmo. – No porvir.

Capítulo VIII – A CHINA MILENÁRIA

A China. – A cristalização das idéias chinesas. – Fo-Hi. – Confúcio e Lao-Tsé. – O Nirvana. – A China atual. – A edificação do Evangelho.

Capítulo IX – AS GRANDES RELIGIÕES DO PASSADO

As primeiras organizações religiosas. – Ainda as raças adâmicas. – A gênese das crenças religiosas. – A unidade substancial das religiões. – As revelações gradativas. – Preparação do Cristianismo. – O Cristo inconfundível.

Capítulo X – A GRÉCIA E A MISSÃO DE SÓCRATES

Nas vésperas da maioridade terrestre. – Atenas e Esparta. – Experiências necessárias. – A Grécia. – Sócrates. – Os discípulos. – Provação coletiva da Grécia.

Capítulo XI – ROMA

O povo etrusco. – Primórdios de Roma. – Influências decisivas. – Os patrícios e os plebeus. – A família romana. – As guerras e a maioridade terrestre. – Nas vésperas do Senhor.

Capítulo XII – A VINDA DE JESUS

A manjedoura. – O Cristo e os essênios. – Cumprimento das profecias de Israel. – A grande lição. – A palavra divina. – Crepúsculo de uma civilização. – O exemplo do Cristo.

Capítulo XIII – O IMPÉRIO ROMANO E SEUS DESVIOS

Os desvios romanos. – Os abusos da autoridade e do poder. –
Os chefes de Roma. – O século de Augusto. – Transição de
uma época. – Provações coletivas dos judeus e dos romanos.
– Fim da vaidade humana.

Capítulo XIV – A EDIFICAÇÃO CRISTÃ

Os primeiros cristãos. – A propagação do Cristianismo. – A redação dos textos definitivos. – A missão de Paulo. – O Apocalipse de João. – Identificação da besta apocalíptica. – O roteiro de luz e de amor.

Capítulo XV – A EVOLUÇÃO DO CRISTIANISMO

Penosos compromissos romanos. – Culpas e resgates dolorosos do homem espiritual. – Os mártires. – Os apologistas. – O jejum e a oração.  Constantino. – O Papado.

Capítulo XVI – A IGREJA E A INVASÃO DOS BÁRBAROS

Vitórias do Cristianismo. – Primórdios do Catolicismo. – A Igreja de Roma. – A destruição do Império. – A invasão dos bárbaros. – Razões da Idade Média. – Mestres do amor e da virtude.

Capítulo XVII – A IDADE MEDIEVAL

Os mensageiros de Jesus. – O Império Bizantino. – O Islamismo. – As guerras do Islã. – Carlos Magno. – O Feudalismo. – Razões do Feudalismo.

Capítulo XVIII – OS ABUSOS DO PODER RELIGIOSO

Fases da Igreja Católica. – Gregório VII. – As advertências de Jesus. – Francisco de Assis. – Os Franciscanos. – A Inquisição. – A obra do Papado.

Capítulo XIX – AS CRUZADAS E O FIM DA IDADE MÉDIA

As primeiras Cruzadas. – Fim das Cruzadas. – O esforço dos emissários do Cristo. – Pobreza intelectual. – Renascimento. –   Transmigrações de povos. – Fim da idade medieval.  

Capítulo XX – RENASCENÇA DO MUNDO

Movimentos regeneradores. – Missão da América. – O Plano Invisível e a colonização do Novo Mundo. – Apogeu da Renascença. – Renascença religiosa. – A Companhia de Jesus. – Ação do Jesuitismo.

Capítulo XXI – ÉPOCA DE TRANSIÇÃO

As lutas da Reforma. – A Invencível Armada. – Guerras religiosas. – A França e a Inglaterra. – Refúgio da América. – Os Enciclopedistas. – A Independência americana.

Capítulo XXII – A REVOLUÇÃO FRANCESA

A França no século XVIII. – Época de sombras. – Contra os
excessos da revolução. – O período do Terror. – A
Constituição. – Napoleão Bonaparte. – Allan Kardec.

Capítulo XXIII – O SÉCULO XIX

Depois da Revolução. – Independência política da América. – Allan Kardec e os seus colaboradores. – As ciências sociais. – A tarefa do missionário. – Provações coletivas na França. – Provações da Igreja.

Capítulo XXIV – O ESPIRITISMO E AS GRANDES TRANSIÇÕES

A extinção do cativeiro. – O Socialismo. – Restabelecendo a verdade. – Defecção da Igreja Católica. – Lutas renovadoras. – A América e o futuro. – Jesus

Capítulo XXV – O EVANGELHO E O FUTURO

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Da Revista de Estudos Espíritas por Paulo.