Vida e objetivos da vida humana.

Os bons dicionaristas definem a vida como um:

Conjunto de propriedades e qualidades graças às quais animais e plantas, ao contrário dos organismos mortos ou da matéria bruta, se mantém em contínua atividade, manifestada em funções orgânicas tais como o metabolismo, o crescimento, a reação a estímulos, a adaptação ao meio e a reprodução, segundo o Novo Aurélio.

A vida pode também ser considerada como o período que medeia entre as ações e reações que vitalizam os seres vivos, como resultado de organizações celulares de grandiosa complexidade, que se desenvolvem entre o nascimento e a morte.

Supõe-se que a vida teve início no período pré-cambriano, embora a ausência de vestígios fósseis, que por certo desapareceram, ao invés de não haverem existido, pois que, no período imediato — o cambriano — já era volumosa a presença da fauna, rica e diversificada.

Quando surge uma estrutura celular pode-se identificar o ser vivo. No caso dos vírus, alguns deles ainda não possuindo estrutura celular, não podem ser considerados como tal.

Sol da vida

Todos os seres vivos dependem grandemente do consumo da energia, que chega à Terra através da luz do Sol, que a exterioriza, convertendo quatrocentos e vinte milhões de toneladas de massa em cada segundo, para poder manter o Sistema, e, por consequência, todas as formas de vida em nosso planeta, especialmente as plantas que servem de base para a manutenção dos vegetais, ao lado de outras substâncias, e que, por sua vez, nutrem os animais.

Embora essas expressões variadas de compreensão em torno da vida, eis que ela transcende a tais limites impostos pela deficiência de linguagem, pela pobreza da forma e da maneira para entender-lhe o significado profundo que a oculta, mesmo aos olhos dos observadores mais atentos.

A vida manifesta-se conforme a sua estrutura própria e peculiar, sendo detectada por cada estudioso, por cada analista, de acordo com o seu ângulo de entendimento ao vê-la e senti-la.

Santo Agostinho a considerava filosoficamente muito simples, como a nutrição, o crescimento, o depauperamento, tendo por causa um princípio que traria em si o seu próprio fim, que ele denominava enteléquia.

Já Claude Bernard considerava impossível defini-la, por ser inacessível e abstrata.

O conceito, portanto, sobre a vida varia de acordo com a corrente de pensamento filosófico ou de comportamento científico, em se considerando que cada um apoia sua visão em torno dela, mediante as próprias bases de sustentação cultural.

A origem da vida

Os mecanicistas elucidam que a vida originou-se através de fenômenos totalmente físico-químicos. Os vitalistas acreditam na vigência de um princípio vital encarregado de transformar a matéria inerte em animada ou pulsante. já o materialismo dialético apresenta o conceito de que a vida se teria originado em um sistema no qual tudo se modifica, em um incessante movimento de superação de umas partes por outras; em que não há fenômenos isolador, mas tudo está relacionado.

O espiritualismo parte da realidade de um Ser Transcendente que a criou e a mantém, facultando-lhe um desdobramento infinito em quantidade e qualidade, que se direciona para o rumo da perfeição.

O biólogo dirá que a vida é o resultado da organização celular, em admiráveis aglutinações, formando órgãos, sistemas e funções que se individualizam.

 

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O filósofo apresentará formulações diferentes, que decorrem da sua ótica vivencial e cultural, concordando com a Escola a que se vincule, limitando-a, entretanto, ao período que se estende entre o berço e o túmulo.

O artista, conforme a área a que se dedique, tentará traduzi-la em beleza e majestade, copiando-a, manifestando-a com deslumbramento ou desencanto, em relação à estrutura psicológica que lhe seja peculiar.

…E assim, sucessivamente, cada pessoa, entendendo-a, definindo-a de acordo com a sua percepção, a sua emoção, a sua capacidade cultural, fornecerá conceitos compatíveis com a sua forma de ser.

 

A vida, no entanto, em determinado momento, é extraordinário químico, que transforma água e húmus em madeira e açúcar…

 

A vida, no entanto, em determinado momento, é extraordinário químico, que transforma água e húmus em madeira e açúcar, no vegetal, oferecendo perfume à flor e sabor ao fruto, enquanto no estômago prepara soluções vigorosas para modificar os alimentos e digeri-los, a fim de que não pereçam os seres, que dessa forma se nutrem.

Simultaneamente, é o artista incomum que trabalha todas as folhas dos vegetais com riqueza de contornos, que nunca se repetem, colocando, num homem, impressões dactiloscópicas que jamais são encontradas noutro. Ao mesmo tempo, com toques mágicos dá cor e brilho às plantas, aos pássaros e a todos os demais seres vivos, enquanto adorna a Natureza com festas arrebatadoras em tons infinitos, impossíveis de serem repetidos.

É um físico incomparável, que trabalhou todos os campos de energia, permitindo que, só a pouco e pouco, o homem lhe pudesse penetrar os milagres, ora abertos a inúmeros setores do conhecimento que deslumbra as inteligências mais aguçadas.

Surgimento da vida

Entrementes, a vida surge da união de um protoplasma com um raio de Sol, que o fragmenta, multiplicando-o ao infinito, de forma que tudo quanto vive no mundo terrestre aí teve o seu começo. E é tão forte essa fantástica união de energias diáfanas, que humilde raiz, em insignificante greta, lentamente pode culminar o seu desenvolvimento fendendo a rocha…

No ser humano, apresenta-se frágil e poderosa ao mesmo tempo, pois que estruturou o seu corpo com tais recursos que ele resiste a diferentes pressões atmosféricas, a choques vigorosos, e deixa-se afetar por delicada picada de um alfinete que, se infectado, pode leva-lo à morte, ou por um corte que lhe permite a perda de sangue, caso não se forme o coágulo tampão produzido pela fibrina, ou vítima de um traumatismo de pequena monta… Uma gripe de aparência comum pode afetá-lo gravemente; uma virose pode vir a roubar-lhe a existência, enquanto se recompõe de processos graves e infecciosos, de cirurgias e transplantes expressivos com naturalidade, podendo enfermar ou restabelecer-se sob o comando da mente, da vontade, pela manutenção do oxigênio, da água e, principalmente, do amor.

A vida real

A vida, no entanto, é Deus, e, por isso, ainda difícil, senão impossível de ser compreendida plenamente, além das suas manifestações, que fazem parte do processo da realidade dos seres, precedendo-lhes ao surgimento na forma material e sobrevivendo-lhes à decomposição cadavérica.

No incomparável e não dimensível oceano da vida, encontramo-nos sob leis que estabelecem as diretrizes essenciais gata o processo da felicidade que a tudo e a todos aguarda, que é incomum fatalidade para a qual se expressa no mundo: a perfeição!

Impedimentos naturais, domésticos, afetivos, sociais, econômicos, do inter-relacionamento pessoal.

Aparecimento da vida

Estudando-se os primórdios do planeta terrestre, podem-se imaginar os graves impedimentos existentes para o aparecimento da vida.

Temperaturas muito elevadas, convulsões geológicas incessantes, gases venenosos que pairavam na atmosfera, turbilhão em toda parte, quase o caos…

Origem da vida biologia

Lentamente, porém, o psiquismo existente na imensa geleia que envolvia o Orbe desceu à intimidade das águas abissais dos oceanos, dando início às primeiras moléculas, na razão direta em que amainava o calor comburente e amortecia os movimentos gigantescos das ondas do mar golpeando as rochas.

Obedecendo a uma hábil e complexa programação transcendental, teve início a aglutinação molecular, e o hálito divino em forma de vida passou a sustentar as organizações iniciais.

Transcorridos quase dois bilhões de anos, o ser humano direciona o pensamento para as conquistas do macrocosmo, enviando sondas espaciais que lhe facultam o conhecimento mais profundo do Sistema Solar e avançam, audaciosamente, no rumo do mais além da sua órbita…

Não obstante esse desenvolvimento tecnológico, não ocorreu equivalente crescimento moral, e, como consequência, o próprio homem ameaça o ecossistema que lhe preserva a existência física, enlouquecido pelas ambições desvairadas, atirando-se no abismo da loucura pelo gozo…

Indubitavelmente, a vida triunfa sobre o meio hostil, e as espécies, às dezenas de milhares, surgiram, desenvolveram-se e desapareceram, repetindo-se em ciclos de periodicidade de aproximadamente cem mil anos.

É inexorável o aprimoramento das formas que envolvem o psiquismo, o crescimento das aspirações e compreensões dos valores, cada vez mais nobres, que convidam a inteligência e o sentimento ao permanente trabalho de sublimação.

Como é inevitável, no suceder dos ciclos da evolução, as conquistas e os prejuízos de cada experiência se refletem na imediatamente posterior, exigindo maior contribuição do ser para deputar-se e desenvolver outros segmentos que nele jazem aguardando oportunidade.

Aí residem os demais impedimentos à expressão da vida, que se podem relacionar como domésticos, sociais, afetivos, econômicos, do inter-relacionamento pessoal.

O Espírito, portanto, incurso nas suas realizações, repete por atavismo automatista as mesmas experiências, particularmente aquelas nas quais malogrou, até fixar novas aprendizagens.

 

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Aristóteles afirmava que o conhecimento se adquire, e a virtude se exercita, de modo a conseguir-se a sabedoria.

 

O conhecimento do dever e a virtude da responsabilidade caminham lado a lado, desenvolvendo recursos latentes e aprimorando-os através do contributo das sucessivas reencarnações.

A vida da gente

Em face dessa conjuntura, os impedimentos domésticos ou familiares têm suas raízes na necessidade de o princípio inteligente, que rege a vida humana, conviver com os problemas, ou as bênçãos que produziu nas atividades anteriores, a cujas raízes se encontra vinculado.

Lares difíceis, relacionamentos familiares ásperos, presença de mãe dominadora e de pai autoritário, fomentando o surgimento de conflitos na personalidade infantil, remontam aos períodos pretéritos de alucinação, de instinto e de desregramento.

Quando se compenetrarem, os pais, de que o lar é o santuário para a vida humana e não um campo de disputas para a supremacia do ego; quando os adultos se conscientizarem de que a educação é um ato de amor e não um meio de intimidar, de descarregar problemas; quando as pessoas entenderem a família como um compromisso dignificador e não um ringue de lutas, as trágicas ocorrências do abuso infantil, pela violência, pela indiferença, pelo estupro, pela miséria em que nasce o ser e a ela fica relegado, cederão lugar à construção de uma sociedade justa, equânime e feliz. Isso porque a criança maltratada, sob qualquer aspecto que se considere, projeta contra a sociedade o espectro do terror que a oprime, do abandono em que estertora e, na primeira oportunidade, tentará cobrar pela crueldade o amor que lhe foi negado.

 

A educação é um ato de amor

 

Investiguem-se as origens sociais dos criminosos empedernidos, salvadas as exceções de natureza patológica — hereditariedade, comprometimento pelas obsessões — e se detectarão os lares infelizes, as famílias desajustadas ou grupos perversos reunidos em simulacros familiares, vitimados pelo abuso e descaso de pessoas inconscientes e chãs ou pelos sistemas ainda mais insensíveis que culminam pela hediondez das leis em que se apoiam.

O impedimento familiar será superado a partir da consciência de amor, entendendo as circunstâncias do renascimento e administrando os conflitos mediante terapias especializadas e a convivência com grupos de auxilio e sustentação.

Marcas psicológicas da vida

Surgem os impedimentos afetivos, que resultam de inúmeros fatores, entre os quais o próprio desajuste emocional do indivíduo: timidez, complexos de inferioridade, de superioridade, narcisismo…

As marcas psicológicas perturbadoras não cicatrizadas fazem-no refugiar-se na infância infeliz, procurando sustentar a imagem de desvalor que lhe foi inculcada ou que se lhe estereotipou, negando-se a liberdade e o direito de ser ditoso.

Castrado nos sentimentos do amor, que não experimentou e por isso não desenvolveu, anela pela afetividade, que teme, receando amar e não acreditando merecer qualquer tipo de afeto, desenvolvendo sim, na sua insegurança, o ciúme, a desconfiança sistemática, a dominação do outro, ou tombando em tormentos maiores de ordem psicológica, iniciando-se no crime, pela extinção da vida física daquele a quem ama apaixonadamente ou por quem é amado.

Conflitos existenciais

Na imensa gama dos conflitos perturbadores, o indivíduo se dissocia do convívio social, a princípio através de uma fragmentação da personalidade, que se sente destroçada, derrapando em atitudes de autocomiseração ou de agressividade, a depender do próprio arcabouço psicológico. É inevitável que, nessa conjuntura aflitiva, o convívio social seja insuportável, ou exerça um tipo de pressão emocional angustiante, que o empurra no rumo da alienação Às vezes, o grupo social é fechado, impeditivo de crescimento, evitando que novos membros se lhe associem, o que constitui um estágio primário no processo da evolução, assim temendo a invasão da privacidade, que preserva como mecanismo de autodefesa. Apesar disso, em grande número de vezes, é ele próprio inseguro, atormentado que rejeita a sociedade, refugiando-se em escusas de que não seria aceito caso insistisse, mesmo vencendo os seus limites e resistências.

Há sempre presente o mecanismo de autopreservação, quando se trata de personalidades conflituosas em relação ao comportamento social, evitando o grupo e acusando-o de rejeição.

Por outro lado. As dificuldades financeiras geram impedimentos para a plenificação existencial, por facultarem complexos de inferioridade econômica entre os aparentemente triunfadores, que dispõem de recursos para desfilar o seu triunfo, a sua saúde, a sua felicidade…

Sabe-se que os valores amoedados certamente promovem o indivíduo, o grupamento social onde ele se movimenta, porém de maneira alguma evita que padeça a injunção de todos os sofrimentos que são comuns às demais criaturas. A aplicação desses valores pode atenuar as dificuldades, diminuir as provações, ensejar comodidade, nunca, porém, impedir as ocorrências que a todos afetam, especialmente as de ordem íntima, que antecedem o comportamento atual.

Quando se possui uma personalidade estruturada, os desafios econômicos se apresentam e são avaliados, a fim de serem superados, conquistando-se patamares de equilíbrio, que em nada invalidam os valores reais que exornam o caráter íntimo de cada qual. Não é, desse modo, o ter ou não ter recursos econômico-financeiros, mas a forma como se encara a situação ou a dependência a que se entrega a pessoa ante a circunstância que defronta.

De alguma forma, esses impedimentos perturbam o inter-relacionamento social, ou alguns deles, ou mesmo apenas um, a depender da estrutura emocional de cada qual.

Uma personalidade bem desenvolvida e desbloqueada encara os desafios, os impedimentos existenciais, como testes de valorização, sentindo-se convidada a lutas e esforços que mais lhe desenvolvem a capacidade para enfrentar futuras dificuldades. O amadurecimento psicológico dá-se a pouco e pouco, jamais através de golpes-surpresas, muito do agrado dos inseguros e sonhadores.

Enquanto sejam identificados impedimentos à plenificação da vida, se está em crescimento, em processo de valorização existencial, de desenvolvimento intelecto-moral. Ao invés de constituírem obstáculos, devem ser encarados como estímulo, como emulação à descoberta e aplicação de recursos que jazem ignorados e podem ser aplicados com eficiência para a harmonia pessoal.

 

Objetivos da Vida Humana

 

Ninguém se encontraria reencarnado na Terra, não tivesse a existência física uma finalidade superior. O ser é produto de um largo processo de desenvolvimento dos infinitos valores que lhe dormem em latência, aguardando os meios propiciatórios à sua manifestação. Etapa a etapa, passo a passo, são realizados progressos que se fixam mediante os hábitos que se incorporam à individualidade, que resulta do somatório das vivências das multifárias reencarnações.

Erros e acertos constituem recursos de desdobramento da consciência para os logros mais grandiosos da sua destinação, que é a de natureza cósmica, quando em perfeita sintonia com os planos e programas do Universo.

Passando o princípio inteligente por diversos patamares do processo da evolução, fixa todas as experiências que lhe constituem patrimônio de crescimento mental e moral, atravessando os períodos mais difíceis e laboriosos da fase inicial, para alcançar os níveis de lucidez que o capacitam à compreensão e vivência dos Soberanos Códigos que regem o Cosmo.

No período do pensamento primário, tudo é feito mediante automatismos dos instintos, preservando os fenômenos inevitáveis da vida biológica, de modo a poder desenvolver as faculdades do discernimento sob a força do trabalho brutal, suavizando a própria faina com o esforço das conquistas operadas. Nesse ser primitivo as esperanças cantam as expectativas das glórias futuras. Ele olha o zimbório estrelado e não entende as lanternas mágicas rutilando ao longe, que lhe parece próximo.

A saga da evolução é longa e, por vezes, dolorosa, deixando-lhe sulcos profundos que, noutras fases, sob estímulos inesperados dos sofrimentos, ressurgem como angústia ou violência, desespero ou amargura, que não consegue explicar. Constituir-lhe-ão arquétipos a exercerem grande influência no seu comportamento psicológico durante várias existências corporais, assinalando-lhe a marcha ascensional. Mesclam-se, em cada personalidade proveniente das reencarnações, dando surgimento a algumas personificações parasitarias e perturbadoras, que constituem o capítulo das personalidades múltiplas, em forma de comportamentos alienados. A sua evolução psicológica é, também, a mesma antropológica, especialmente nos passos primeiros.

Avançando lenta e seguramente, aprendendo com as forças vivas do Universo, entesoura os recursos preciosos do conhecimento que lhe custou sacrifícios inumeráveis no longo curso das experiências, e agora se interroga a respeito da finalidade de todo esse curso de crescimento, descobrindo, por fim, que se encontra no limiar das realizações realmente plenificadoras e profundas, porque são as que significam libertação dos atavismos remanescentes, ampliando as aspirações na área das emoções mais nobres, portanto menos afligentes, aquelas que não deixam as sequelas do cansaço, da amargura ou do desânimo.

 

A criatura está fadada à felicidade, à conquista do Infinito, além das expressões do espaço.

 

A dor que hoje a comprime é camartelo de estimulação para que saia da situação que propicia esse desagradável fato de perturbação.

Compreendendo, por fim, a grandeza do amor, alça-se às cuameadas do trabalho pelo bem geral, empenhando-se na conquista de si mesma, do seu próximo, da vida em geral. Tudo quanto pulsa e vibra interessa-lhe, retira-a da pequenez e conduz à grandeza, trabalhando-lhe O íntimo que se expande e se harmoniza em um hino de confraternização com tudo e com todos, passando a fazer parte vibrante da vida.

Vida em geral

Esse significado existencial somente é descoberto quando atinge um grau de elevada percepção da realidade, que transcende o limite da forma física, transitória e experimental que, todavia, pode e deve ser cultivada com alegria e saúde integral.

Não se creia, portanto, equivocadamente, que a finalidade primeira da conjuntura existencial seja viver bem, no sentido de acumular recursos, fruir comodidades, gozar sensações que se renovam e exaurem, alcançando o pódio da glória competitiva e todos esses equivalentes anelos do pensamento mágico, partindo para as aspirações fenomênicas e miraculosas dos privilégios e das regalias que não harmonizam o indivíduo com ele mesmo.

Certamente, na pauta dos objetivos e do sentido existencial, constam as realizações sociais, econômicas, artísticas, culturais, religiosas, todas aquelas que fazem parte do mundo de relações interpessoais. Entretanto, não são exclusivas — metas finais das buscas e das lutas — desde que o ser transpõe os umbrais do túmulo e continua a viver, levando os seus programas de elevação gravados no imo profundo.

Lutar sem fadigas exaustivas por conquistar-se, superando-se quanto possível, enfrentando os desafios com alegria e compreendendo que são os degraus de ascensão diante dos seus passos — eis como incorporará ao cotidiano os objetivos essenciais do seu aprimoramento físico, emocional e mental.

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1 Comentário

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  1. Fica claro o valor de se ter um família bem “estruturada”. É como uma bola de neve!
    Daí se vem todo o desenrolar de um ser mais centrado…