O porquê dos antagonismos entre pais e filhos – A reencarnação

Família, ideia genial de Deus!

Acredito que a frase acima — tão conhecida por todos — deva ter abalado muitos corações, uma vez que muitas pessoas ou devem achar que as suas famílias não têm nada a ver com Deus ou pensam que Deus não deve estar olhando a sua família. Que Ele não conhece os seus filhos. Que Ele não conhece os seus pais. Que Ele não sabe quem são seus irmãos.

Todos observamos diariamente tantos conflitos familiares e muitos deles relacionados a pais e filhos, fazendo com que muitos lares pareçam um verdadeiro território de guerra.

E isso tudo nos mostra o quanto é difícil a convivência familiar, e, muitas vezes, nos perguntamos: “Será que há uma solução para esse conflito?”, “Aonde isso tudo vai parar?”, “Será que Deus não está vendo tudo isso?”, etc.

Quando de repente nos deparamos com a seguinte frase: “Família, uma ideia genial de Deus”.

Mas como?

A chave para nossos questionamentos está em um único conceito, uma única palavra chave: a reencarnação. Que a Doutrina Espírita vem nos clarificar as mentes tão bem para o assunto.

Veja também:

 

No Dicionário de Filosofia Espírita Palhano Jr. nos diz que para “O Espiritismo o conceito de família se amplia muito, pois se considera também a ascendência espiritual e os afins — encarnados e desencarnados — a família espiritual, não considerando as barreiras limitadoras da família consanguinea, pela simples razão de que existem parentes consanguineos sem nenhuma afinidade e, até mesmo, reciprocamente adversos.”

E é Kardec que na nota da questão 171 de O Livro dos Espíritos nos diz: “A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o homem várias existências sucessivas é a única que corresponde à ideia que fazemos da justiça de Deus para com os homens que se acham numa condição moral inferior, a única que pode nos explicar o futuro e embasar nossas esperanças, visto que nos oferece o meio de reparar os nossos erros, através de novas provas”.

Com isso, vamos entenden­do que não compreenderemos uma família complicada cheia de antagonismos sem a ideia de Deus e sem a chave da reencarnação, pois é praticamente impossível aceitar e compreender.

O Evangelho Segundo o Espiritismo no cap. XIV, item 9. A ingratidão dos filhos e os laços de família (recomendo a leitura na integra do item). Nos fala que “Os espíritos, cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição fazem com que se reúnam, formam famílias. Esses mesmos espíritos, nas suas migrações terrestres, se procuram para se agruparem, como o fazem no Espaço, nascendo daí as famílias unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, momentaneamente eles são separados, mais tarde se reencontram, felizes com os seus novos progressos. Porém, como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que espíritos menos adiantados venham encarnar entre eles, para receberem conselhos e bons exemplos, com vistas ao seu adiantamento. Muitas vezes, tais espíritos tornam-se a causa de perturbações naquele meio, mas é isso que constitui a prova, e a tarefa que os outros têm que desempenhar”.

Assim sendo e por tudo isso, a partir da compreensão e do entendimento da Justiça de Deus através da oportunidade da reencarnação é que poderemos dizer sem medo de errar que minha família pode ser complicada, mas é exatamente a que preciso para ser feliz.

Frases sobre convivência:

“Muito difícil viver bem se não aprendemos a conviver.”

“A Vida vem de Deus, a convivência vem de nós.”

“Aqueles companheiros que nos partilham a experiência do cotidiano são os melhores que a Divina Sabedoria nos concede, a favor de nós mesmos.”

Se você encontra uma pessoa difícil em sua intimidade, essa é a criatura exata que as leis da reencarnação lhe trazem ao trabalho de burilamento próprio.”

Recordemos: nos campos da convivência é preciso saber suportar os outros para que sejamos suportados.”

“O segredo da paz íntima é agir um tanto mais além de nossas supostas possibilidades na construção do bem.”

Muita paz!

 

Texto de Leny Martins de Brito, retirado da Revista de Estudos Espíritas do CELD (Centro Espírita Léon Denis) Edição de Abril de 2012.

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